Treinador de voleibol que abusou e estuprou de atletas em SC é condenado a 60 anos de prisão
Notícias de Santa Catarina
Publicado em 25/06/2024

Um homem, que era técnico de um time de voleibol, foi condenado a 60 anos de prisão por manipular e por abusar sexualmente de atletas. O caso aconteceu em 2022, em São José, na Grande Florianópolis.

Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), mesmo podendo recorrer em liberdade, o réu foi condenado à pensa de 60 anos, em regime fechado, além de três anos e nove meses de detenção em regime inicial aberto e 110 dias-multa. A sentença ocorreu devido aos crimes de estupro de vulnerável, uma por estupro e outra por constrangimento ilegal.

O réu ainda foi condenado por fornecer, servir, ministrar e entregar bebida alcoólica para criança ou adolescente, além de induzir, instigar ou auxiliar o uso de drogas.

Relembre o caso

O município de São José possuía duas “casas atletas”, nas quais abrigava 11 adolescentes do sexo masculino e cinco do sexo feminino que participavam do time de voleibol de um projeto municipal coordenado por uma entidade esportiva.

Os atletas que participavam deste projeto, estavam sob a responsabilidade treinador, o homem condenado, com procurações dos pais ou responsáveis legais que lhe dava direito para representar os atletas.

Em 2022, após denúncias contra o treinador por alguns adolescentes do projeto, foi instaurado um inquérito policial para apurar diversos crimes que teriam sido praticados por ele contra seus atletas.

As denúncias incluíam crimes de importunação sexual, estupro de vulnerável, coação no curso do processo, submissão de criança ou adolescente sob sua autoridade a vexame ou a constrangimento e, ainda, fornecimento, serviço, ministração ou entrega, ainda que gratuitamente, a criança ou adolescente, de bebida alcoólica. No decorrer dos fatos, o homem teve sua prisão preventiva decretada.

Segundo consta nos autos, os crimes aconteciam devido ao réu, que se aproveitava do cargo de treinador e persuadia os rapazes com brincadeiras íntimas de cunho sexual e fazia convites para passeios. Nessas situações, segundo depoimentos, induzia os adolescentes a tomarem bebidas alcoólicas, como forma de deixá-los vulneráveis às suas investidas. Levava, então, as vítimas para sua casa ou motel e lá cometia atos libidinosos e estupro. Para permanecer impune, conseguia o silêncio das vítimas com promessas de crescimento na carreira ou ameaças de desligamento do projeto.

 

Fonte e imagem: Michel Teixeira Notícias

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